Only recently I was able to come across a very interesting article, discussing that everything you buy actually needs to be paid for twice, otherwise that’ll be wasted money — and that this should be a finance lesson taught to anyone in school.

And I couldn’t agree more, even though this made me reflect very deeply on how many things I buy but don’t pay the second price for.

There’s the first price, usually paid in money. This is the usual price you have to pay if you wish to gain possession of whatever that is that you desire to have, be it a book, a new software or a game.

But the thing is, only after we pay the second price will we see any return on the first one. And this second price consists of all the initiative and effort required to gain its benefits — a price that could prove to be much higher than the first one.

In that sense, I quote this passage from the article:

A new novel, for example, might require twenty dollars for its first price — and ten hours of dedicated reading time for its second. Only once the second price is being paid do you see any return on the first one. Paying only the first price is about the same as throwing money in the garbage.

I had never in my life seen things this way. This has made me feel bad and terrible ever since, because — taking only books as an example — I have bought many, many, many of them during my life yet I haven’t had time to read half… no, a quarter of them, and this is all my fault. I know I have linked this post many times here, but, yes, tsundoku. That is an addiction, and maybe I’ll have to live and deal with it, because I love books, even those I haven’t read yet, although bought.

But wait, there’s more. After reading this one article I stopped to think how many streaming services I pay for monthly, even yearly, only to go weeks in a row without watching a single movie or series episode. How many online courses have I bought at Udemy, Coursera or the likes of them, without ever finishing them — without ever starting some. How many games did I buy in Steam and never played (the number would have you scared) only because I thought it would be a good idea to take advantage of their semiannual sale, never finding the will to start a single match.

This is me examining my own conscience aloud. This is a public confession, where I state that I should do different from now on: enjoy what is there to be enjoyed, yes, but cancel services, subscriptions and recurrent expenses whenever although paying for them I’m unable to reap the full benefits because the time to pay for the second price never comes, never presents itself.

I hope I can remember this self analysis later in my life and then be able to say that I’m paying twice for more of the things I wish to possess.

Have you ever considered this? Have you been paying for your acquisitions twice?

I’ve come across this little piece of Seth Godin’s wisdom and I’m going to share it here, as it was published by him today:

“No matter how many people come over for dinner, you’re only going to be able to engage with a few.

And no matter how big the crowd in the arena, the musicians can only see the faces of a few hundred.

An investor can only be engaged and smart about a very small number of companies.

And it doesn’t matter how many students are in the class, the teacher is only going to be able to get in sync with a few.

Microphones, network connections and other forms of scale are a miracle, but sooner or later, our brains get in the way.”

Seth Godin

Um pensamento lhe ocorreu.

— Então o que acontece quando morremos?

Jiang ergueu a sobrancelha.

— Acho que você mesma pode responder isso.

Ela refletiu por um instante.

— Voltamos ao mundo espiritual. Nós… deixamos a ilusão. Despertamos.

Ele assentiu.

— Não morremos, apenas voltamos ao nada. Dissolvemos. Perdemos o ego. De apenas uma coisa, passamos a ser todas as coisas.

— R.F. Kuang, em “A guerra da Papoula”.

Eu sou assim: me digam onde está acontecendo uma daquelas folias de Carnaval, que eu vou imediatamente começar a rumar na direção contrária. Não gosto, nem nunca gostei de muvuca. Então é natural que na hora em que as pessoas pegam o caminho do salão de festas, eu fique na minha.

Que eu me lembre, mesmo quando criança, nunca consegui ver a graça do Carnaval. Eu cheguei a ir a algumas matinês, levado ao clube pelos meus pais — lembro até mesmo de uma fantasia do Homem Aranha que usei. Mas ficar no salão ouvindo marchinha e jogando confete e serpentina pra cima simplesmente não me despertava a emoção que tanta gente parece sentir.

Não me leve à mal, Carnaval. Não é você, provavelmente sou eu mesmo.

Pegar fila em estrada lotada, onde o trânsito para? Enfrentar falta d’água, falta de energia, fila do pão, fila do mercado, crise pra estacionar? Hmmm, não. Eu passo, muito obrigado.

Ficar assistindo desfile pela televisão? Escola de samba após escola de samba? Samba enredo um depois do outro? Ouvir comentarista de desfile? Hmmm, não. Eu passo, muito obrigado.

Para mim há apenas um aspecto bom do Carnaval: já que o país inteiro para por cinco dias inteiros — considerando a quarta-feira de cinzas, e eu paro junto, aproveito a folga do Carnaval.

Nessa folga, faço tudo o que tenho direito, pinto e bordo do meu jeito.

Eu aproveito para recarregar minhas baterias, então durmo bastante. Aproveito para colocar meu consumo literário em dia — entre a sexta-feira passada e hoje, quando estou escrevendo esse texto, por exemplo, consegui terminar de ler dois livros inteiros no Kindle. E continuei um terceiro.

Aproveito para maratonar minhas séries. As do momento são The Last of Us e Spy x Family. Vários episódios assistidos e tempo de tela muito melhor aproveitado por nós aqui em casa do que se estivéssemos “olhando a Beija Flor aí, gente”!

Aproveito para pensar. Me organizar. Me renovar. Aproveito cada minuto a meu favor, da melhor maneira possível. E se você é da bagunça, da folia, da farra… do Carnaval no sentido mais popular e convencional, está tudo bem. Porque se há uma coisa verdadeira sobre essa festa popular é que ela é democrática pra caramba, então tem para todos os gostos.

Aproveita daí, que eu aproveito daqui 😊

Ursula K. Le Guin foi uma escritora de ficção científica e autora de quem eu ainda pretendo ler muitos livros. E graças a um maravilhoso acaso ao passar pela timeline da minha conta do Mastodon, encontrei um pequeno trecho de uma entrevista que ela concedeu em 2014, em que ela compara vida de antigamente, em que esperar pelas coisas acontecerem simplesmente fazia parte do processo com a vida moderna que você e eu vivemos, em que basta não obter uma informação instantaneamente para nos irritarmos… ou surtarmos.

Vivemos uma vida em que negamos o tempo:

I lived when simply waiting was a large part of ordinary life: when we waited, gathered around a crackling radio, to hear the infinitely far-away voice of the king of England… I live now when we fuss if our computer can’t bring us everything we want instantly. We deny time.

— Ursula K. Le Guin

Úrsula continua, e dispara, dizendo o quanto considera essa nossa existência virtual, esta forma de vida, esquisita: hoje nossos celulares permitem que conversemos com alguém que está em Indiana enquanto damos uma corrida na praia — sem prestar atenção à paisagem da praia — ou conversemos em grupos nas redes sociais ao mesmo tempo em que ignoramos as pessoas mais próximas de nós fisicamente (inclusive nossos familiares).

A medicina pode ter avançado muito nos últimos tempos, e suas descobertas podem ter contribuído para que o ser humano possa viver mais. Mas fico me perguntando se estaremos condenados pelas redes sociais e tecnologia moderna a viver menos a vida, mesmo vivendo mais fisiologicamente por mais tempo?

Um amigo que não vejo há algum tempo costumava dizer que a tecnologia e a internet existem para aproximar os distantes e distanciar os próximos. E hoje prestamos menos atenção ao mundo ao nosso redor, às pessoas ao nosso redor, aos relacionamentos, gestos, sons. O que virá a seguir?

“Be happy. Not because everything is good, but because you can see the good in everything.”

Eu não sei de quem é a citação que reproduzi acima. Porém, ela tem tudo a ver com uma conversa que estava tendo com um amigo esta semana no trabalho, sobre como nós, seres humanos, somos capazes de nos concentrar muito mais nos momentos ruins da nossa vida cotidiana do que nos momentos bons. Seja quando o pneu do nosso carro fura, quando a gente queima a pipoca antes de assistir a um filme, quando uma reunião não vai tão bem quanto a gente esperava ou até quando a gente se sente menos do que poderia ser.

A gente começou a refletir que deveríamos ser mais capazes de focar naquilo que nos realiza, que nos deixa felizes, embora isso possa em princípio ser difícil.

Mais tarde, nesta mesma semana, estávamos em uma apresentação de final de ano, onde listamos todas as nossas conquistas. Não apenas meu amigo da conversa anterior e eu, mas toda a equipe. Entre as diversas pessoas que falaram neste outro dia, um outro amigo começou coincidentemente a nos falar sobre os aspectos positivos, sobre como eles precisam ser lembrados. No meio de cada batalha diária, sempre há momentos bons. Foi quando ele disse que conhecia um conceito que, dada sua simplicidade, poderia até ser considerado bobo por alguns.

A gente deve criar o hábito de ter um jarro da felicidade.

O jarro da felicidade, segundo ele nos explicou, me pareceu uma das maneiras mais simples de melhorar nosso humor e nos fazer refletir sobre como devemos ser mais gratos em relação ao que temos, ao invés de ficar trazendo à tona os momentos ruins. E é tudo muito simples: você pega um jarro — que pode ser um jarro de vidro, de plástico, pode ser uma caixa de lenços de papel ou qualquer outra coisa, de fato, pois é apenas um meio — e começa, diariamente, a escrever, em pedaços de papel, tudo aquilo de bom que tenha acontecido com você e também aquilo pelo que você deve agradecer.

Comi meu prato favorito no almoçotive uma conversa muito boa com um amigo que não vejo há mesesaprendi uma coisa nova, ou fui elogiado por uma apresentação, são todas coisas que me vêm à mente agora, enquanto escrevo este texto, e que poderiam facilmente fazer parte do meu jarro da felicidade. Pode ser qualquer coisa, de fato, que, ao ser relida, te traga um pouco mais de ânimo, de felicidade… que te provoque um sorriso no rosto. E é simples assim. E por ser tão simples, você deveria começar a praticar, exatamente como eu vou fazer.

Para finalizar, eu agora percebo que sabia duas coisas sobre o jarro da felicidade das quais não me dava conta antes.

Primeiro, o jarro não precisa ser físico. Quando nosso amigo nos falou sobre a técnica do jarro, aliás, a primeira coisa que me veio em mente foi a técnica de journaling. Escrever uma nota no celular, escrever em um arquivo de texto… novamente, tanto o celular quanto o arquivo são apenas os meios. E o jarro, sendo uma metáfora, deve ser pra nós aquilo que seja mais fácil de encher com fatos e momentos positivos.

Segundo, juntamente com aquilo que se escreve para colocar no jarro, qualquer que seja ele, é muito interessante citar nomes de pessoas e associar datas e ocasiões. Mais tarde, quando estivermos relendo aqueles pedacinhos de felicidade e gratidão, certamente nos lembraremos da época associada e isso poderá nos trazer um melhor contexto e, quem sabe, até mesmo novas lembranças para o nosso eu futuro, que serão igualmente depositadas no jarro.

…ou, o que fazer em relação a críticas.

Certamente, se você vive entre os seres humanos, já deve ter recebido alguma crítica que considerou injusta, ou mesmo maldosa.

Por isso eu resolvi compartilhar esta versão da conhecida fábula de Esopo, que traduzi livremente, a partir deste texto que encontrei online:

O avô e seu neto iam ao mercado para vender seu burro.

Enquanto eles andavam pela estrada, iam a pé ao lado do burro. Então um camponês passou por eles e disse: “Seus tolos, para que mais serve um burro, senão para que se ande por aí em cima dele?”.

Então o avô montou o neto no burro e eles continuaram seu caminho até o mercado. Mas não demorou muito e cruzaram o caminho de um grupo de homens, e um deles disse: “Mas vejam só que menino mais preguiçoso! Deixa seu avô caminhar enquanto ele vai montado no burro!”.

Então o avô mandou que o neto desmontasse do burro e subiu no animal ele mesmo. Só que eles não tinham ido muito mais longe quando avistaram duas mulheres, sendo que quando passaram por elas, uma comentou: “Ora! Que velho mais sem vergonha! Deixando seu pobre netinho a pé, enquanto vai por aí todo folgado, montado nesse burro!”.

Desta vez o avô não soube imediatamente o que fazer. Porém, finalmente resolveu montar o neto à sua frente, e então recomeçaram o caminho para o mercado, os dois montados no burro.

Àquela altura, os três haviam chegado à cidade, e todos os que passavam por eles gesticulavam muito e apontavam os dedos em sua direção. Tanto que o avô parou o burro e perguntou o que tanto tinham visto para apontar-lhes as mãos.

“Vocês dois não tem vergonha de sobrecarregar com tanto peso um pobre burro como esse?”, responderam alguns deles.

O avô e seu neto então desmontaram do burro, e tentaram pra valer pensar no que podiam fazer. Depois de muito tempo tiveram a ideia de cortar uma vara, amarraram as patas do burro nela e ergueram a vara até seus ombros para carregar o animal.

Enquanto andavam, não puderam deixar de perceber as gargalhadas de todos que encontravam. Até que finalmente chegaram até a Ponte do Mercado, onde uma das patas do burro acabou se soltando da amarração na vara, e o animal, livre para tentar dar um coice, fez com que o neto derrubasse seu lado da vara.

Com todo o esforço feito, o pobre burro caiu da ponte dentro do rio e, com suas patas amarradas como estavam, o animal acabou se afogando.

A moral da história? Aquele que tenta agradar a todos, acaba não agradando ninguém.

I came across this quote earlier today, while researching about the expert’s fallacy and how all of us are subject to it.

First I thought the quote was from Oscar Wilde, the Irish writer, as it is attributed to him very much often. But what do I know? I fell for the same fallacy and ended up finding out it’s actually a quote from J. M. Barrie, the English playwright behind the wonderful Peter Pan.

As someone deeply interested in — but almost completely new to — the subject of lifelong learning, I saw this sentence as completely fit to the theme. It is now side by side with my (other) favorite quote to date, from René Descartes, French mathematician who said “I would give everything I know for half of what I ignore”.

Young people — or anyone new to a subject or activity, actually— tend to assume a position of confidence in knowing “all” about that subject, or, at least, knowing more than they actually know about it. Only as we grow older, or more experienced and move from beginners to experts in our careers, do we tend to admit that we don’t know — and couldn’t ever be able to know — everything there is to know.

And this is what I found is so brilliant about the quote which titles this text. It’s an advice to all of us who are aware of not knowing everything. It is an advice to keep humble, to keep in mind there will always be oceans of knowledge to sail, and to keep learning.

Esta é sem sombra de dúvida a minha expressão baiana favorita de todos os tempos. Tenho até uma camiseta em que ela está escrita, feita sob encomenda a meu pedido.

Minha camiseta!

O que ela significa?” — você pode estar se perguntando. Bem, quando tento explicar aos que me conhecem, o significado que acabam associando como mais próximo em paulistês é normalmente sai fora! ou sai pra lá!

Mas vale uma explicação mais detalhada: Lá ele é uma expressão que se usa como uma espécie de amuleto, para manter o azar a distância.

Outro dia mesmo eu conversava com minha esposa, quando ela me perguntou qual dos hospitais da cidade onde moramos eu achava melhor. Quando perguntei pra ela o motivo da pergunta, ela me disse que “queria saber porque vai que uma das crianças fica muito doente e eu tenho que levar pra um hospital às pressas”.

Imediatamente eu respondi sem pestanejar: “Lá ele!”, que foi pra não atrair esse tipo de () sorte pra gente e que, a meu ver, está mais para “Deus me livre e guarde”.