While looking for new ways to learn Japanese and to figure out how to make it stick better in my mind, I came across this video by Bunsuke, where he says he’s never used Anki either to learn or to recall new Japanese vocabulary. That got my attention because I have probably the biggest defender of Anki right here, at home: my older son loves Anki and never gets tired of saying how it has done marvelous things for his Japanese learning along the latest 3 years, and how I’m wasting my time for not trying it, and sticking to it.

The thing is I don’t feel Anki is cut out for me or adequate to the way I usually learn new things, be them languages or not. Meanwhile, right at the beginning of the video I watched, Bunsuke mentioned something that I truly believe when it comes to learning something new:

"I'm completely okay with forgetting. I think forgetting is just part of the process of learning and so I don't really beat myself up over it if I forget a word or forget a kanji. If it's important, it'll come up again"

His relaxed attitude towards forgetting, considering it a natural part of the learning process was really welcome and comforting to me. Bunsuke doesn’t worry about forgetting words or kanji, and this is because he believes important information will resurface through repeated exposure. As his video goes on, he says his learning involves basically two activities: reading and writing down unfamiliar words. Something else I found resonating was that, for him, reading is a form of spaced repetition in itself, rendering Anki not better than reading and recording unfamiliar words and kanji.

The thing is… we will all forget before we learn something. So if, and when it happens, it’s ok. What I do is to keep trying to expose myself to Japanese as much as I can as I try to learn. I’m totally conscious my exposure time is not as big as my son’s, but this is because he’s been dedicating to studying, and only studying, while I have my work duties and a lot of other matters going on. Still, I’m really committed to learning a little every day, even if it means only a couple of minutes (luckily, I’ve been able to do it longer). As for not using Anki, maybe I have an oldschool mindset, maybe not. The thing is, for me, reading and writing down anything I don’t yet know really helps with the learning. I feel that’s what I’ve been doing all my life.

I found out that Steve Kaufmann, a Canadian linguist who currently speaks 20 languages and is an authority in language learning, talks about forgetting languages on a recurring basis in some of his YouTube videos. He says he personally looks for language exposition through reading (and listening to) lots of content, and that this regular exposure to the language makes it quickly revive when needed — so knowing someone as renowned as him also believes important information will resurface through repeated exposure is also comforting to me.

My son doesn’t give Anki all his trust out of the blue. Anki has indeed been the tool that proved crucial for him to gain all the vocabulary, fluency and understanding he conquered in Japanese. This means there’s nothing wrong with using Anki. But his stance regarding Japanese resembles a duty, as he’s dreamed of studying and living in Japan for quite sometime now (and again, I love and admire him for his bravery in doing it this way). On the other hand, although I am learning Japanese for some reasons, I want to do it having fun along the way — meaning that the moment it starts to feel as a chore for me, it will be the moment I quit.

Forgetting words and phrases as part of my learning process has happened to me, and it has been fun. I’ve just got to take a leap of faith while learning, as I’m sure the commonplace between me, Bunsuke and Steve Kaufmann is embracing the idea that forgetting will help building some kind of knowledge reserve that can be retrieved and relearned later. I know it sounds most unbelievable to trust in vocabulary eventually sticking, but I’m sure it will. So that’s why, Anki apart, I believe no one should worry about forgetting along the path of learning.

こんにちは!

Prólogo

Quando eu era adolescente, tive a chance de fazer um teste vocacional, que eu sinceramente acredito que todos deveriam ter a chance de fazer, já que uma oportunidade dessas pode nos ajudar a ter uma noção sobre habilidades que temos, coisas das quais gostamos ou com as quais temos facilidade, e que podem nos ajudar no futuro.

Do resultado do tal teste vocacional confirmei algo do que eu já suspeitava: tenho facilidade em aprender idiomas! Naquela época eu estava igual ao Eduardo, nas aulinhas de inglês. E as aulinhas de inglês eram algo que eu adorava, não apenas porque gostava de aprender tudo que pudesse absorver (lembrem-se que não havia internet no início da década de 90, e os recursos eram limitados!), mas porque eu sinceramente achava fácil aprender. E aproveitando tal facilidade e as consequentes fluência e proficiência que ela me trouxe, depois de me formar acabei indo dar aula na mesma escola de inglês em que estudei.

Anos depois, trabalhando em uma grande empresa em que uma das filiais estava na França, fui aprender francês, estudando com alguns amigos. Nunca obtive a mesma fluência do inglês — talvez pela falta de tempo livre e pela correria —, mas consigo ler razoavelmente e até arriscar algumas frases em conversa. Mas o mais importante disso é dizer que só topei o desafio porque tenho essa facilidade com idiomas. Graças a isso, também, arranho muito de leve um pouco de espanhol, onde minha dificuldade eterna é pronunciar o erre de palavras como rojo.

Meus filhos e o inglês

Como eu disse, não existia internet na década de 90. Situação bem diferente daquela das décadas seguintes, a dos anos 2000, quando meu filho mais velho nasceu, e a dos anos 2010, quando o mais novo nasceu. O mais velho chegou a estudar inglês igual a mim, não em uma, mas em duas escolas de rede, de âmbito nacional, sendo a segunda a mesma onde me formei e dei aula.

Até que ele pediu pra parar de fazer inglês. Me disse que não sentia necessidade, que já aprendia bastante através da internet, YouTube, podcasts e mais uma série de outros inputs. Naquele momento eu me senti meio em choque, porque meu racional inicial era de que, se eu tinha aprendido inglês através de uma escola de idiomas formal, nada seria mais natural do que ele seguir o mesmo caminho, certo?

Errado. Totalmente errado. As escolas de idiomas continuam sendo relevantes, mas os tempos mudaram. Meus dois filhos já nasceram praticamente on-line, e de fato foram expostos desde muito cedo a uma infinidade de inputs, muito mais do que eu. De fato, pensando melhor a respeito, conclui que não apenas o meu filho mais velho, mas também o mais novo, aprenderam inglês muito bem sem a necessidade de ensino formal. Igual ao que eu fiz, aliás, quando fui aprender francês e espanhol, já que nunca me matriculei formalmente em escola nestes casos.

Foi assim que os meus dois filhos pararam de frequentar escola de inglês… e tudo bem com isso. Ambos hoje se comunicam muito bem no idioma, obrigado.

Meu filho mais velho e o idioma japonês

Um belo dia, alguns anos atrás, o meu filho mais velho começou a se interessar por cultura japonesa. Algo que muita gente nos últimos anos tem cultivado, aliás.

Basicamente, a cultura japonesa altera algumas palavras da minha infância: não é mais gibi, é mangá e não é mais desenho animado, é animê (pus esse acento aí só pra mostrar a pronúncia correta, ele não faz parte da grafia). Além disso, como em qualquer outra cultura que é compartilhada atualmente, há músicas, YouTubers, jogos de videogame e literatura juvenil — cujos livros não são mais romances de literatura juvenil também, e sim, light novels.

Spy vs Family, em versão mangá
Spy vs Family, em versão anime

A questão é que ele evoluiu nessa cultura, e com o tempo, não bastou mais pra ele consumir conteúdo em português ou inglês. Ele queria o raw material, o acesso direto ao original. Para isso, então, foi estudar japonês. E me pergunte se ele pediu pra fazer curso formal do idioma?

Claro que não. Quando vi, ele já havia pesquisado tudo de que precisava: foi atrás de gramática japonesa, foi atrás de várias referências que encontrou na internet e, muitas e muitas horas de exposição ao japonês depois, quase três anos se passaram.

Eu tenho que dizer, neste ponto, que embora meu filho nunca tenha mencionado ter passado por nenhum teste vocacional na escola, tal como ocorreu comigo, arrisco dizer que, possivelmente, ele pode ter herdado o gosto por — e talvez até a facilidade com — idiomas de mim. Some-se a isso toda a dedicação e obstinação que ele empreendeu (e continua empreendendo) com o idioma e você tem o resultado que ele conseguiu, do qual me orgulho muito.

No final de 2021 meu filho começou a falar em estudar no Japão, em fazer faculdade por lá. Esta foi outra ocasião que me deixou em estado de choque. Para mim, estudar longe não era novidade — várias pessoas que conheço têm filhos que estudam em outros estados e regiões brasileiras, alguns têm filhos no exterior, mas em locais como Canadá ou Estados Unidos. Eu nunca imaginei mandar meu filho pro Japão.

E no entanto, ali estava ele, com essa meta.

Mais uma vez, isso me levou a refletir muito. Meu filho, em paralelo, descobriu um programa de bolsas de estudo oferecido pelo Ministério da Educação, Ciência e Tecnologia do Japão (MEXT), e me disse que poderia e gostaria de tentar se candidatar a uma bolsa de estudos deles. Ele nunca deixou de se dedicar a isso, ele nunca parou de estudar.

Em 2022, depois de concluir o ensino médio, ele pediu para tirar um ano sabático. Ok, ele não me disse isso exatamente dessa forma, mas o que pediu foi para se dedicar por um ano a prestar a prova do MEXT, e a prestar um exame de fluência em japonês, o JLPT, oferecido pela Fundação Japão, para o qual o paralelo mais próximo que consigo traçar é a similaridade com o TOEFL.

Se ele não conseguisse o que almejava até o final de 2023, como plano B, entraria numa faculdade aqui no Brasil mesmo, para não prejudicar seu ensino superior enquanto estivesse se preparando para tentar de novo. Até conseguir.

Eu sempre acreditei que as coisas dão certo pra quem acredita nelas. E as coisas estão indo bem — nos últimos tempos, tenho falado bastante a respeito nas minhas weeknotes. Tudo, graças a Deus, parece muito promissor. O que, finalmente, me leva à resposta, ao porquê de eu querer aprender japonês.

Os meus motivos

A essa altura do campeonato fica até fácil de entender a minha motivação para aprender japonês. Com meu filho na iminência de viajar para o exterior, e talvez, após concluir seus estudos, fixar residência definitiva por lá, eu imagino diversas possibilidades — embora, como diga o ditado, “o futuro a Deus pertence“.

Penso que pode haver uma ponte se formando entre a nossa família e o país nipônico. Quando esta ponte estiver efetivamente formada, haverá chance deste que vos escreve de visitar o Japão. E aí está meu motivo mais primordial: poder interagir com o povo japonês sem necessariamente depender de ninguém (ainda que, obviamente, eu planeje pedir uma ajudinha ao meu filho).

Imagem de ssaustra, via Pixabay

Essa história toda me fez refletir: no começo eu tinha receio de meu filho estudar longe (digo, tão longe assim). Mas a gente cria os filhos para o mundo e, como percebi com o passar do tempo, a educação dos meus pais foi diferente da educação que eles me deram, e a educação que eu dei — e ainda estou dando — aos meus filhos é diferente daquela que eu e minha esposa recebemos. Então me sinto, agora, mais recentemente, na obrigação de regar os sonhos do meu filho, pra que eles possam florescer.

Se isso significa em um futuro breve construir mesmo uma ponte entre nossa família e a terra do sol nascente, nada mais apropriado que colocar em prática a minha boa e velha facilidade com o aprendizado de idiomas, não é mesmo?

E aprender japonês será um grande desafio pra mim.

Primeiro, porque não tenho todo o tempo que meu filho pôde dedicar — e continua dedicando — ao aprendizado do japonês. Não posso me dar ao luxo de tirar um ano sabático, e minhas horas livres são mais escassas. Então vou ter que achar espaço pro meu aprendizado pessoal começar a acontecer.

Segundo porque, como você já deve imaginar, aprender japonês parece — e efetivamente deve — ser mais trabalhoso do que aprender um idioma como inglês, francês ou espanhol: por exemplo, há três alfabetos distintos, hiragana, katakana e kanji. Há toda uma sequência gramatical e uma estrutura do idioma que são diferentes daquilo com que estou acostumado.

Comecei uma jornada na qual, conforme eu disse ao meu filho, quero antes de qualquer coisa, aprender a ler em japonês. Esse é o meu objetivo principal, o meu foco, a minha meta. O que virá depois disso? Não sei e não estou preocupado com isso, pois tudo dependerá da ponte entre nós e o Japão. Mas uma coisa eu sei: já estou e pretendo continuar me divertindo no processo.

Ao filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein, em seu Tratado Lógico-Filosófico, é atribuída a frase Os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo. Embora existam várias interpretações possíveis para o que ele disse, gosto de pensar que quanto mais idiomas eu aprendo, mais minha linguagem e maneira de me expressar se fortalecem, o que amplia os limites do meu mundo e da minha cultura.

Assim quero que seja, portanto, comigo e com o idioma japonês: que, ao aprendê-lo, aos poucos e com cuidado, ele permita que eu amplie meus horizontes. Tenho certeza de que isso será muito útil na hora em que eu estiver cruzando a ponte — na primeira vez, ou nas vezes subsequentes.

A post by Ricardo Amorim on LinkedIn caught my attention this week. It features a picture of a statue in which a child and an adult are on a seesaw, with the adult being much larger in weight and height than the girl. However, it is the child, with a pile of books beside her, who is lifting the adult — who, by the way, appears to be holding a cellphone in his hands — up.

The statue, whose image in the post claims to be located in Japan, but in reality is located in Heine, Heilongjiang, China, bears the inscription “知識就是力量,” which translates to “knowledge is power.”

Regarding the fact that the man is holding a cellphone, although it seems too large to be a cellphone, there is the old reflection that “cellphones are great servants, but terrible masters,” meaning that we can use them to gain knowledge, but we need to use them with moderation.

But the real reason the image caught my attention was the message that the statue and its inscription convey. It is our knowledge that is primarily responsible for determining our importance — which, to me, is completely aligned with the premises of lifelong learning, since I believe that the continuous pursuit of learning results in an increasingly higher level of knowledge. And, as the inscription on the statue reproduces almost literally the famous quote by Francis Bacon in his work “Meditationes Sacrae” from 1597, “knowledge itself is power,” the idea of continually obtaining and, more importantly, sharing knowledge is the basis for building not only our importance but also our reputation and influence.

Há alguns anos atrás participei de um treinamento corporativo sobre técnicas de apresentação. Naquela oportunidade, pouco antes de o treinamento em si começar, o instrutor resolveu fazer uma daquelas dinâmicas de quebra-gelo, onde as pessoas, que naquele caso não se conheciam, pudessem se apresentar umas para as outras.

Eu gostaria muito de poder dizer que me lembro o nome de um dos participantes — e infelizmente, não consigo agora, mas me lembro de algo muito interessante que ele disse. Assim como eu, ele também gosta muito de ler, e dali veio a declaração que me fez mudar a forma de encarar minha leitura.

Ele disse que lê vários livros ao mesmo tempo, coisa que eu até então não fazia. Para mim, era sempre ler um livro do início ao final para, só então, passar para o próximo. O próximo, também lia todo, até o final, para só então pegar um terceiro, e assim por diante.

Mas ele disse que, assim como a esposa dele, que adorava novelas, podia acompanhar a das 18:00, a das 19:00 e a das 20:00, ele também fazia a mesma coisa com os livros: podia, por exemplo, ler o das 18:00, o das 19:00 e o das 20:00, e até mais do que isso.

Eu fiquei curioso e perguntei a ele se isso não fazia com que ele esquecesse o que tinha lido, mas obviamente ele me disse que não, e eu, mais tarde, tendo começado a ler mais de um livro ao mesmo tempo, pude comprovar por conta própria.

Foi a partir dali, adotando a leitura de mais de um livro, portanto, que eu abri mão da monogamia literária, e isso foi muito bom.

Muitas pessoas já fazem isso. Nunca leem um só livro de cada vez. Passeiam entre títulos e mídias diversos sem medo de ser feliz nem preocupação em perder o fio da meada ou esquecer algum detalhe. Essa liberdade e controle do processo funcionam como um estímulo a ainda mais leituras.

— Conrado Schlochauer

Foi devido à esse trecho acima, do livro Lifelong learners: o poder do aprendizado contínuo, do Conrado Schlochauer, que eu me lembrei dessa história.

Esse participante do treinamento mudou minha vida. Ele certamente usufruía há muito tempo dessa liberdade literária, dessa poligamia. E me ensinou uma valiosa lição, a qual resolvi deixar registrada em palavras, pois talvez seja útil também para você, que leu este texto até o final.

Sem conhecimento factual, não sabemos o que não sabemos. Com isso, acabamos terceirizando para intelectuais, jornalistas ou influenciadores a digestão do que se passa no mundo para, a partir daí, escolhermos como será o nosso ponto de vista em relação a determinado assunto. Aprender em profundidade, ler livros de grandes autores ou assistir a aulas difíceis vai além de conhecer o conteúdo. Essa prática nos permite interpretar o mundo com outros olhos e, às vezes, descobrir sentimentos e perspectivas que você tinha e nem sabia. Nem sempre ser o mais rápido é o mais importante. Resumos ou infográficos são excelentes recursos para decidirmos se queremos comprar um livro ou para lembrar do seu conteúdo, mas eles não substituem a leitura.

— Conrado Schlochauer

Este é um trecho extremamente interessante do livro Lifelong Learners: o poder do aprendizado contínuo, de Conrado Schlochauer, que demonstra o preço que a mudança no hábito de leitura pode causar: quando você não lê, ou decide que vai passar a ler apenas superficialmente, como parece ser o hábito de muitas pessoas das gerações mais novas, você acaba delegando seu entendimento do mundo e formação de pontos de vista a intelectuais, especialistas e influenciadores.

Acredito piamente que esse é um preço muito alto a ser pago — e por isso sou grato pelo hábito continuado de leitura que possuo. Leio muito e acumulo muita coisa pra ler. Talvez não consiga ler tudo, mas não abro mão de formar minhas próprias opiniões a respeito das coisas do mundo, e de mudá-las, quando e se necessário, por continuar aprendendo e tendo contato com outras experiências.

Derek Sivers é um americano que começou sua carreira como músico, foi palhaço de circo e se tornou empresário e palestrante do TED Talks. Também é autor de livros e de muitos textos interessantes, publicados em seu site pessoal.

Na semana passada, Derek publicou um texto em que disse que não gostaria de ter que debater com ninguém mas que, se isso acontecer, preferiria perder o debate. Pode parecer uma declaração muito estranha mas, do ponto de vista de alguém como eu, que adota o conceito de lifelong learning, “perder um debate” é uma situação favorável ao aprendizado de algo novo: talvez uma perspectiva, uma forma de pensar que nunca tenha me passado pela cabeça.

Além de livros, filmes, documentários e outras fontes convencionais de aprendizado, conversar com pessoas novas e com pontos de vista diferentes do seu representa uma das melhores maneiras de aprender. Conversar com gente nova nos introduz a mindsets diferentes, a processos de pensamento diferentes do nosso. E como diz Derek, achar que as pessoas são estúpidas (por não terem o mesmo ponto de vista que o seu) não é pensarpensar é entender pontos de vista diferentes dos nossos e aprender com o processo.

Ao invés de convencer alguém do seu ponto de vista, deixe-se convencer do ponto de vista dos outros. É enriquecedor. E se ao conversar com alguém você não souber como convidar essa pessoa para expor seu jeito de pensar para que você possa aprender, então ative a curiosidade, tal qual uma criança faria. Comece sua conversa com “estou curioso“, ou variações da frase.

Por exemplo:

— Então, o que você está me dizendo é que os celulares que funcionam com o sistema Android estão melhores do que aqueles que funcionam com o sistema da Apple? Agora fiquei curioso pra saber o que pode ter provocado essa melhoria.

Ou então:

— É sério que você investe em criptomoedas? Eu tenho muito receio disso, porque me parece algo relativamente inseguro. Mas, se puder me explicar, estou curioso pra entender o que te levou a fazer isso.

O que acontece quando a gente está em uma conversa e diz “estou curioso” é que preparamos o terreno para que o nosso interlocutor brilhe. Eu não estou interrogando ninguém, não existe resposta certa, nem resposta errada. Ao ser curioso, estou genuinamente só querendo aprender.

Então, ponha a curiosidade a seu serviço. Ao se ver debatendo com alguém, busque aprender, perca uns debates. Vai ser ótimo.